A principal característica da democracia ateniense e ser uma democracia directa, uma vez que os cidadãos atenienses participam directamente na vida política da cidade.
Na cidade-estado de Atenas, os órgaos de poder eram os seguintes:
- Eclésia - constituída por todos os cidadãos, que aprovava as leis, decidia a paz ou a guerra, elegia as magistraturas mais importantes e votava o ostracismo;
- Helieu - tribunal composto por 6000 cidadãos, que julgava os casos de não cumprimento das leis da cidade;
- Bulé - conselho permanente de 500 cidadãos, sorteados entre as tribos (50 por tribo), que elabora as leis a aprovar pela Eclésia;
- Estrategos - chefiavam o exército e dirigiam a política externa;
- Areópago - funções judiciais e religiosas.
O regime democrático trouxe importantes inovações:
- o cargos políticos eram sorteados;
- a duração dos cargos era limitada;
- na participação dos cidadãos na vida política.
A democracia atteniense tinha, no entanto, importantes limitações. Na verdade, só os cidadãos atenienses, cerca de 10% da população, participavam na vida política (os metecos, as mulheres, os filhos menores dos cidadãos e os escravos estavam dela excluídos). A existência de escravos, o imperialismo de Atenas em relação às outras cidades da Liga de Delos e a prática do ostracismo são também consideradas como "imperfeições" ou "limitações" da democracia ateniense. No entanto, apesar das suas imperfeições, o regime político de Atenas foi seguido em muitas cidades gregas e serviu de modelo às democracias modernas.
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